Yorick e Hamlet por Adriano Moura, Francisco de Assis por George Gomes Coutinho

 

Yorick, Hamlet, Francisco, Adriano e George (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Religião e arte numa hora dessas? Sim, para começar bem a semana, segue abaixo a oração de São Francisco de Assis em pugentente versão do George Coutinho, sociólogo, cientista político, professor da UFF-Campos e músico. Acompanhada dos versos de safra recente de Adriano Moura, professor de litetatura do IFF, dramaturgo, ator e “poeta de horas vagas e concursos literários”.

Como cabeças pensantes, no furto ao atacante flamenguista Bruno Henrique, George e Adriano estão em “ôto patamar” na pasmaceira da planície goitacá. E são dois amigos muito queridos.

Nestes tempos difíceis, de isolamento social imposto no mundo pela Covid-19 e com mais um governo federal demoronando no país, que a arte desses dois campistas cumpra sua função: se religar ao mistério, como a religião, para tentar nos salvar.

 

Infância de Hamlet

(Adriano Moura)

 

Ser ou não ser

não é a questão.

Tem de ser.

Entre nascer e morrer,

o intervalo:

onde estão tuas brincadeiras agora, Yorick?

quando recordo que devo morrer,

brinco pra não ser o crânio

com saudade.

 

 

 

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