Após o crescimento significativo nas intenções de votos da classe média para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada, por conta da percepção de redução dos preços dos combustíveis, a nova pesquisa BTG/FSB feita entre sexta (12) e domingo (14) demonstra estabilidade, e divulgada hoje, a exatos 48 dias das urnas de 2 de outubro, demonstra estabilidade na corrida presidencial. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na liderança isolada. Na última semana, ele ganhou 4 pontos na consulta estimulada ao 1º turno, passando de 41% a 45% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro manteve seus 34%. A diferença de 7 pontos entre os dois, em uma semana cresceu a 11 pontos.
Com os 8% do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), os 2% da senadora Simone Tebet (MDB), mais os 2% de todos os oito demais presidenciáveis somados, a soma de votos válidos de todos no 1º turno seria 46%, contra os 45% de Lula. O que, na margem de erro, reacende a possibilidade estatística de o petista vencer a eleição em turno único. Na projeção do 2º turno de 30 de outubro, ele também aumentou a vantagem ao capitão, a quem bateria por 53% a 38%. A diferença atual de 15 pontos, há uma semana, era de 12 pontos. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para mais ou menos. Índice considerado fundamental para a definição do 2º turno, Bolsonaro segue liderando a rejeição, na qual aumentou 1 ponto, de 53% aos atuais 54% de brasileiros que não votariam nele de maneira nenhuma. Lula caiu um ponto na rejeição, que se mantém alta, passando de 45% a 44%.
— A exatos 48 dias para 2 de outubro, a pesquisa do Instituto FSB, encomendada pelo Banco BTG Pactual, é a primeira pesquisa por telefone a apontar a possibilidade de vitória de Lula no 1º turno, nesta reta final de campanha. A projeção resulta do crescimento de 4 pontos percentuais na intenção de voto do petista desde o último levantamento, realizado uma semana atrás. Bolsonaro manteve a mesma pontuação registrada no levantamento de 8 de agosto. Na pesquisa estimulada, Lula subiu de 41% para 45%, enquanto Bolsonaro manteve os mesmos 34%. No eventual 2º turno, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 38%. A vantagem do petista ampliou de 12 pontos para 15 pontos, em relação a uma semana atrás, quando a pesquisa BTG/FSB apontou a vitória do ex-presidente por 51% a 39%. Já a diferença da rejeição entre os dois principais candidatos oscilou dentro da margem de erro, de 8 pontos para 10 pontos. Uma semana atrás, 53% dos eleitores ouvidos afirmaram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, contra 45% de Lula. Hoje, 54% dos eleitores entrevistados manifestaram rejeição à Bolsonaro, que subiu 1 ponto, enquanto 44% dos eleitores ouvidos rejeitam Lula, que caiu 1 ponto — analisou William Passos, geógrafo com especialização doutoral em Estatísticas do Setor Público, da População e do Território na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE.
Voto da classe média
Duas análises cruzadas com a economia trazem curiosidades, relativas a preço de combustíveis e recebimento do novo Auxílio Brasil de R$ 600,00, sobre a nova BTG/FSB. Na comparação entre as duas pesquisas anteriores do mesmo instituto, divulgadas em 25 de julho e na última segunda, 8 de agosto, Lula caiu de 39% a 30% de intenções de voto na faixa de 2 a 5 salários mínimos, em que Bolsonaro cresceu de 36% a 42%. Mas, na comparação com a BTG/FSB divulgada hoje, o petista voltou a crescer fora da margem de erro, de 30% a 38% entre esses eleitores de classe média, enquanto Bolsonaro caiu dentro da margem de erro, de 42% a 40% das intenções de voto.
Essas alterações no voto da classe média teriam se dado por conta da sensação de queda dos preços nos combustíveis atribuída ao governo Bolsonaro, que foi registrada na semana anterior, mas que teria se esgotado. “O efeito positivo que o preço dos combustíveis poderia ter na intenção de voto de Bolsonaro em grande parte já se realizou: o percentual dos que perceberam a baixa no valor das bombas ficou estável em quase 2/3 do eleitorado (64%)”, explicou o relatório da nova BTG/FSB. Após subir de 54% a 63%, entre as pesquisas de 25 de julho e 8 de agosto, os eleitores que perceberam os preços dos combustíveis um pouco ou muito menores se manteve estável dentro da margem de erro, aos 64% atuais.
Auxílio Brasil muda eleição?
Entre as duas últimas pesquisas BTG/FSB, de 8 de agosto e a de hoje, também não registraram alteração significativa a partir do novo Auxílio Brasil de R$ 600,00, que começou a ser pago a partir da última terça (9). Entre os eleitores que recebem o benefício, Lula até cresceu sua liderança, passando de 53% a 61% das intenções de voto na última semana, período em que Bolsonaro tinha e manteve 24%. Já entre os eleitores que não recebem, mas que moram com alguém recebe que recebe o Auxílio Brasil, Lula caiu de 62% a 53% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro subiu de 20% a 28%. Ou seja, as alterações entre os afetados direta e indiretamente pelo benefício federal praticamente anulam uma a outra.
Como essa comparação das duas últimas BTG/FSB nacionais sobre o Auxílio Brasil é diferente das alterações a favor de Bolsonaro registradas nas pesquisas Genial/Quaest de quinta (11) no estado de São Paulo, e de sexta (12), no estado de Minas Gerais, dois maiores colégios eleitorais do país, novas pesquisas são necessárias. Demanda que é reforçada no próprio relatório da BTG/FSB de hoje:
— O governo começou o ciclo de pagamento da primeira parcela dos R$600,00 na última terça-feira, dia 9. O calendário de pagamento segue até o dia 22. Por enquanto, a diferença de Lula sobre Bolsonaro entre quem recebe o benefício continua bastante confortável. Só nas próximas semanas será possível ver se haverá mudança nesse segmento — concluiu Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.
Vamos ver no dia 7 quem realmente está falando a verdade.
Caro César Peixoto,
A eleição é em 2 de outubro. E o segundo turno, 30 de outubro. Quem, como vc, tem outra data em mente para bater pezinho contra a democracia, antecipa sua condição de derrotado.
Grato pela chance da advertência!
Aluysio
Eu não sou vidente mais quase todos candidatos que eu falei que venceria a eleição venceu, o último foi Wladimir.Se o agro-negocio apoiar Bolsonaro,Lula vai voltar pra prisão .A minha Bandeira é verde,amarela,azul e branca e não vermelha