Brasil à deriva. Quem autorizou o naufrágio, não preparou coletes salva-vidas para todos. A primeira classe, como sempre, tem mais chance de sobreviver. Roubaram tudo, desde Cabral Pedro Álvares até depois de Cabral Sérgio Filho. Fizeram um pacto “satânico” todos os homens e mulheres de poder. O presidente do país, os ex-governantes do Rio de Janeiro e da cidade de Campos. Levaram tudo e mais um pouco. Mentiram sempre, até todas as mentiras se converterem em alguma verdade. Acreditamos.
Procura-se gente honesta. Para que tantos impostos e como pagá-los? A conta nunca fecha. A economia próspera não nos salva, nem a bancarrota. Ladrões roubando ladrões. Tem pessoas à espera para levarem vantagens e se darem bem desviando dinheiro público. País de propinas e desvios. Os inconformados resmungam agora pelas redes sociais. Alguns vão para a rua, mas se cansam fácil de protestos. Os homens e mulheres dos poderes executivo, legislativo e judiciário sabem que o povo é vencido pelo cansaço. Quem acredita em mudanças com uma população tão corrupta e corrompida à semelhança de seus representantes políticos? Cansaram-se.
O Rio de Janeiro à deriva. Dizem que milagre não virá com o governo que aí está. Calotes à prestação nos servidores e fornecedores. Fernanda Torres descreve bem em sua crônica, o abismo pós-ressaca olímpica na cidade maravilhosa e no resto do estado fluminense. Faliram o Rio de norte a sul. E por aqui, em Campos dos Goytacazes também à deriva, o governo vai tentando se agarrar a alguma coisa no mar furioso de dívidas e incompetências suspeitas. O mundo jaz no maligno? Hum, tem demônio se divertindo com a corrupção nossa de cada dia que nos dá hoje, até a hora de nossa morte. Amém? Melhor não.
Alguém disse “bendita seja a crise”. Com a guerra iminente, o caos seria o gatilho para o restabelecimento da ordem. A autofagia tem também limites como tudo na vida: começo, meio e fim. O que pode resolver uma eleição antes de 2018? Haverá saída para o país se livrar de gente como Temer, Garotinho, Lula, Dilma, Aécio, Maia, Renan, seus delatores e afins? Nenhuma prisão ou guilhotina estancam o mal enraizado, é o que parece. Refundar o Brasil, redescobri-lo, recuperá-lo, reformá-lo, reanimá-lo… são muitas sugestões e poucas soluções críveis. Para quem tem Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello e Alexandre de Moraes na Suprema Corte ou STF, depender de justiça parece tão incrível.
Depois que impérios ruíram e desapareceram, a gente compreende melhor como o Brasil, país de futuro, tem tudo para ser como a Viúva Porcina: foi sem nunca ter sido. Restam-nos alguma piada a fazer? Quem ri por último é burro, mas dizem, ri melhor. “Para que tanto pessimismo?”, alguém questiona. Li um dia que todo pessimista é um idiota, pois nem tudo vai dar errado. Também li que todo otimista é um idiota, pois nem tudo dará certo.
O país dos golpistas e da malandragem deve se espelhar em quem? Talvez, o excesso de informação nas nossas time lines tenha nos roubado algumas ilusões e sonhos com uma vida mais próspera e tranquila. Com sorte, se os ladrões e malfeitores nos pouparem por mais um tempinho, talvez, tenhamos mais uns dias românticos com caos adiado. O fim sempre vem. Sendo assim, como se dar bem com o apocalipse anunciado? Hum, o amor esfriou. Utopias também têm limite.
Refletindo após a leitura da crônica da atriz Fernanda Torres para a Folha de São Paulo de 30 de junho último, fiquei assim, um pouco mais, “suspirando apatia e incredulidade, com mortalha estendida”. No Brasil desgovernado, e agora, o que faremos além do nada?