Guerra de nervos: México pede os olhos do VAR sobre Neymar

 

Capitão do México, o meia Andrés Guardado disse hoje em coletiva: “Todos nós conhecemos o Neymar. Mas não compete a mim julgar, cabe ao árbitro. A Fifa hoje tem o VAR” (Foto: Marko Djurica – Reuters)

 

“Todos nós conhecemos o Neymar. Mas não compete a mim julgar, cabe ao árbitro. A Fifa hoje tem o VAR. Tem de ver o estilo de jogo, o árbitro saber conduzir… Sabemos que o Neymar gosta de exagerar nas faltas e se atirar muito. Repito, é seu estilo de jogo. Mas quem tem de ver isso são os árbitros e não a gente. O árbitro tem que julgar e, de certa maneira, acabar com isso”, foi o que disse hoje em entrevista coletiva o meia Andrés Guardado, capitão da seleção do México que enfrenta o Brasil nas oitavas de final, às 11h da próxima segunda-feira (02).

Neste sábado (30), também às 11h de Brasília, França e Argentina abrem a fase eliminatória do Mundial da Rússia. Um pouco mais tarde, às 15h, jogam Uruguai e Portugal. Os quatro têm time para conquistaram o título. E dois deles têm os melhores jogadores do mundo: Lionel Messi (aqui) e Cristiano Ronaldo (aqui e aqui). O fato é que os dois times vencedores se enfrentarão nas quartas de final. E só um passará à semifinal com o vencedor do quadrangular oposto, que tem duas outras fortes seleções: Brasil e Bélgica. Encerrada a fase de grupos, é a Copa de verdade: empatou, prorrogação e disputa de pênaltis; perdeu, vai para casa.

O Brasil tem em Neymar seu craque. Embora o melhor jogador do time na primeira fase tenha sido Philippe Coutinho. Nos dois primeiros jogos — 1 a 1 contra a Suíça (aqui) e 2 a 0, na Costa Rica (aqui) — o camisa 10 brasileiro se marcou mais pelo corte de cabelo excêntrico, por xingar adversários e (aqui) companheiros de time, reclamar da arbitragem, insistir em jogadas individuais distantes da área, valorizar faltas, socar a bola e chorar sem lágrimas. E também simulou um pênalti contra a Costa Rica, bem anulado com auxílio do VAR pelo árbitro holandês Bjorn Kuipers.

 

Contra a Costa Rica, antes de dar a Neymar um merecido cartão amarelo por socar a bola, o juiz holandês Bjorn Kuipers não usou palavras para dizer ao craque brasileiro o que ele precisa aprender: “fala demais” (Reprodução)

 

Fartamente questionado por imprensa e torcida por sua atuação nos dois primeiros jogos do Brasil, apenas no último — 2 a 0 diante da Sérvia (aqui) — Neymar conseguiu marcar mais pelo bom futebol, do que por por sua polêmica personalidade. Mas após ser desmascarado pelo VAR, mesmo se for atropelado dentro da área, dificilmete um juiz na Copa da Rússia confirmará o pênalti sobre ele sem receber a confirmação pela arbitragem eletrônica.

Cada vez mais conhecido por sua fragilidade a críticas, tanto quanto pela inventividade do seu futebol, Neymar vai ter que aprender a devolver apenas na bola às provocações. E, sobretudo, parar de fazê-las. Se sua cabeça não se mantiver no lugar, talvez até dê para passar pelo México que hoje o elegeu publicamente como “Cristo”. Mas não pela Bégica (aqui) de De Bruyne, Hazard, Mertens, Courtois e Lukaku. Tampouco para depois enfrentar quem sobreviver da briga de foice no escuro entre França, Argentina, Uruguai e Portugal.

 

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