Siprosep dá prazo: reajuste ou greve
Dia 30 deste mês. É o limite dado pelo Siprosep ao governo Wladimir Garotinho (sem partido) para promover a reposição salarial aos servidores de Campos. O que, se não acontecer, levará a categoria a declarar greve por tempo indeterminado. Foi o que afirmou na manhã de quarta (04), no programa Folha no Ar, da Folha FM 98,3, a presidente do Siprosep e servidora municipal da Saúde, Elaine Leão. “Em ano de eleição, nós temos limite (de tempo) para passar pela Câmara. Nós temos até 8 de julho para (o reajuste) estar aprovado e sancionado. Nós vamos na negociação até 30 de maio. Se não, é greve por tempo indeterminado”.
Falta de diálogo
Elaine se preocupou em dizer à Folha FM que vem tentando o diálogo. E acusou o prefeito Wladimir de a estar evitando como presidente do Siprosep: “O que está adoecendo a gente é não ver o respeito. Quando você (Wladimir) não atende o sindicato, fala para uma presidente de sindicato eleita: ‘Com você eu não converso’. Quando você vira as costas dentro do Ferreira Machado, você está desrespeitando 20 mil servidores. ‘Com ela eu não converso’? Por quê? Por que a gente quer abrir a caixa preta? Por que nós não estamos deixando o rombo do Previcampos (deixado pelo governo Rosinha Garotinho) ser pago pelo servidor?”.
Transparência?
Elaine lembrou que, em 16 de março, o Siprosep entregou ao governo municipal um pedido de informações, com 15 pontos para esclarecer as contas da Prefeitura com pessoal. Sem resposta, gerou paralisação de 24h na segunda-feira (02) e passeata dos servidores pela avenida Nilo Peçanha, até a frente da Prefeitura, onde montaram acampamento. Após 30 horas, eles foram recebidos na terça (03) pelo secretário de Administração e Recursos Humanos, Wainer Teixeira. E o governo divulgou nota dizendo que as informações pedidas estariam no Portal da Transparência do município. O que os servidores contestam.
Castro em Campos na terça?
Wladimir se prepara para receber, às 10h da manhã da próxima terça (10), dois aliados políticos de peso: o governador Cláudio Castro (PL) e o nome mais cotado a vice na sua chapa para tentar a reeleição em outubro, o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB). Segundo o vice-prefeito Frederico Paes (MDB), também presidente da Coagro, Castro e Reis foram convidados e confirmaram presença na missa da abertura de safra da Usina Sapucaia, às margens da BR 356, no trecho Campos/Itaperuna. A Coagro é arrendatária da Sapucaia, que pertence ao Grupo MPE do empresário Renato Abreu, que também estará no evento.
Força sucroalcooleira
A previsão para a safra 2022/2023 é moer 1 milhão de toneladas de cana, para produzir 65 milhões de litros de álcool e 300 mil sacas de açúcar. Com o arrendamento da Usina Paraíso pelo Grupo MPE o seu subarrendamento pela Coagro, a previsão é que ela vá moer 300 mil toneladas de cana na safra 2023/2024, para produzir 21 milhões de litros de álcool. Na parceria entre MPE, Coagro e a família Coutinho, proprietária de Paraíso, foram investidos R$ 50 milhões na modernização de equipamentos e recuperação de lavouras, para que a usina da Baixada Campista volte a moer no próximo ano.
Bienal do Livro em novembro
Prosa e poesia sem diletantantismo
“A Bienal vai acontecer em novembro. A gente preferiu deixar para depois da eleição. Este ano, como queremos uma Bienal de todos, vai ser em Guarus. Um dos projetos do plano de governo é a descentralização da cultura. Para que a gente possa ter todas as escolas do lado de lá e do lado de cá participando”, disse Auxiliadora. Em relação aos concursos de contos e poesia, tão importante quanto sua retomada, será a qualificação dos jurados. Que tem que ser composto de literatos e/ou produtores de prosa, para julgar prosa, e de poesia, para julgar poesia. Não um júri de junta amigos diletantes que já corrompeu outros festivais do passado.
Maicon e Leon confirmam Natália
Encerrada ontem (06), com a entrevista das jornalistas Dora Paula Paes, Flávia Ribeiro, Júlia Maria Assis e Suzy Monteiro, reproduzida na página 2 desta edição, a semana feminina do Folha no Ar foi aberta na segunda (02) pela professora Natália Soares, pré-candidata do Psol de Campos a deputada federal. Que disse: “O que aparece como crise da Câmara é o fatiamento da coisa pública para as eleições, pelo grupo dos Bacellar e dos Garotinho. E é horrível!”. Dois dias depois, na sessão de quarta (04), com a troca de acusações rasteiras na tribuna, os edis Maicon Cruz (PSC) e Leon Gomes (PDT) confirmaram Natália: foi horrível!
Publicado hoje na Folha da Manhã.