Projeto Fênix com Castro
Na próxima sexta (6), o projeto Fênix será apresentado e entregue ao governador Cláudio Castro (PL), durante um café empresarial às 8h da manhã, na CDL-Campos. Em busca de alternativas de desenvolvimento autossustentado ao Norte e Noroeste Fluminense, o documento final será apresentado em reunião nesta terça (2), às 18h30, na Fundenor. Por seus 22 signatários, representantes do setor empresarial, agropecuário e agroindustrial da região. Na entrega ao governador, a ideia é formalizar junto ele um protocolo para formar grupos de trabalho em torno dos temas propostos.
Questão regional
A entrega do projeto Fênix a Cláudio Castro, visando o desenvolvimento autossustentado da região, foi confirmada em reunião na última quinta (29), no Rio. Dela participaram o secretário estadual de Governo, Rodrigo Bacellar (SD), e os diretores da Folha, Diva e Christiano Abreu Barbosa. No sentido de aproveitar a presença do Governo do Estado itinerante em Campos, entre quinta (5) e domingo (8). E é fruto também da série de 11 painéis feitos pela Folha da Manhã, entre julho e setembro de 2020, ouvindo 34 representantes da sociedade civil organizada. Na qual se buscou debater alternativas à crise financeira do município.
Questão militar
Das grandes questões regionais às nacionais, entre a tarde e a noite de ontem (30) a Folha FM 98,3 e a Plena TV transmitiram ao vivo o debate virtual “A questão militar: do Império aos nossos dias”. Promoção da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), o evento teve como debatedores o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, o historiador e professor da UFRJ José Murilo de Carvalho e o general da reserva Francisco de Brito Filho. A entrevista deste ao programa Folha no Ar no último dia 23 foi reproduzida na edição do jornal impresso do último sábado (24). A coordenação foi do cientista político Hamilton Garcia, professor da Uenf.
Campos no debate nacional
É a segunda parceria da FAP e o Grupo Folha para colocar Campos na discussão dos principais temas do país, com nomes nacionais. A primeira foi o debate “A política econômica do desenvolvimento: de Vargas aos nossos dias”, em 14 de maio. Que reuniu dois ex-ministros, os professores Luiz Carlos Bresser-Pereira e Cristovam Buarque, este também ex-senador e ex-governador de Brasília. Ambos foram entrevistados pela Folha. Destaca-se nesses eventos o trabalho do professor Hamilton. Que pensa para além da academia debates genuínos. Não só variações do mesmo pensamento, como infelizmente ocorre no polo universitário de Campos.
Parecer da PRE
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro pediu a condenação de Wladimir Garotinho (PSD) a oito anos de inelegibilidade, por captação ilícita de sufrágio. O processo não tem ligação com o atual mandato de prefeito, é uma denúncia do Psol, do pleito de 2018, no qual ele foi eleito deputado federal. Segundo o partido, escutas telefônicas da operação Verde Oliva comprovariam que Wladimir e o deputado estadual Bruno Dauaire (PSC) teriam sido beneficiados pelo tráfico para fazer campanha no Eldorado. Apesar de pedir a condenação de Wladimir, que nega a irregularidade, a Procuradoria se posicionou pela absolvição de Bruno.
“Desacelerada”?
Em 16 de junho, foi transcrita nesta coluna uma análise de Wladimir sobre o ex-governador Anthony Garotinho (sem partido), feita no programa Folha no Ar do dia 11 daquele mês. Apesar de endossar a pré-candidatura do pai “a deputado, ou estadual, ou federal”, o prefeito pontuou: “Meu pai está com 61 anos, está na hora de dar uma desacelerada”. Ontem, em suas redes sociais, Garotinho acelerou. E colocou em dúvida a urna eletrônica, citando sua não ida ao 2º turno na eleição a governador de 2014, disputado entre Marcelo Crivella (Republicanos) e o vencedor Luiz Fernando Pezão (MDB), entrevistado de ontem no Folha no Ar.
2014 sem paixão
Quem observou aquela eleição de 2014 sem paixão, pôde observar que um político até então marcado pela agudeza da inteligência, Garotinho começou a cometer ali decisões que se revelaram desastradas. Embora, no final daquele ano a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional tenha marcado o início das “vacas magras” para Campos, há quem também credite aos compromissos que Garotinho assumiu para tentar se eleger a governador, e não pôde cumprir, como outro motivo à decadência do governo municipal Rosinha. Que piorou quando seu marido, sem ter o que fazer, se mudou a Campos para assumir de vez.
Naufrágios e desculpas
Questionar as urnas eletrônicas, sem uma única denúncia de fraude comprovada desde que começaram a ser implantadas no Brasil em 1996, parece ser acelerar à parte mais funda do rio Paraíba em uma canoa furada. De jet-ski no Lago do Paranoá, maior de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vê naufragar a PEC 135, que tenta no Congresso o comprovante impresso do voto. Cujo afundamento já é dado como certo até por aliados do governo federal. Garotinho prega contra a urna eletrônica como desculpa de que não perdeu no passado. Bolsonaro insiste nela como desculpa à possível derrota no futuro próximo de 2022.
Com o jornalista Arnaldo Neto
Publicado hoje na Folha da Manhã