Ex-prefeitável Carla Machado e os seis nomes que constavam na pesquisa Real Time Big Data a prefeito de Campos: Wladimir Garotinho, Delegada Madeleine, Thiago Rangel, Jefferson Azevedo, Alexandre Buchaul e Clodomir Crespo (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
Esperada ontem (25), como registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a inscrição RJ-07597/2024, a pesquisa Real Time Big Data sobre a eleição a prefeito de Campos não será mais divulgada. A direção do jornal carioca O Dia, que encomendou a pesquisa, teria pedido um levantamento presencial, mas ele teria sido feito por telefone. No entanto, no registro da pesquisa no TSE, consta sobre sua metodologia:
— Pesquisa quantitativa, que consiste na realização de entrevistas pessoais, com a aplicação de questionário estruturado junto a uma amostra representativa do eleitorado em estudo (…) O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de aproximadamente 3 (três) pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Quem primeiro anunciou, na segunda (22), a expectativa da pesquisa Big Data sobre Campos para ontem, foi (confira aqui) o blog do jornalista Arnaldo Neto. Na quarta (24), véspera da divulgação prevista no TSE, a coluna Ponto Final e este blog anunciaram (confira aqui) as principais respostas que eram esperadas com a pesquisa registrada em julho a prefeito de Campos:
— Amanhã (ontem) está registrada no TSE a divulgação de pesquisa Real Time Big Data à eleição a prefeito de Campos, contratada pelo jornal carioca O Dia. Será a primeira registrada na cidade desde que a Prefab Future, de 26 de maio, deu (confira aqui) liderança folgada a Wladimir Garotinho (PP), com 53,7% de intenção de voto na consulta estimulada — lembrou a nota. Que indagou:
— Além de saber se o prefeito mantém a possibilidade de fechar a fatura no 1º turno, a pesquisa de amanhã (ontem) responderá a outra importante pergunta: para onde foram os 18,7% de intenção de voto da deputada estadual e ex-prefeitável Carla Machado (PT), registrados na Pesquisa Prefab de 26 de maio?
Embora pesquisas não registradas, feitas internamente nos grupos dos Garotinhos e dos Bacellar, indiquem a pulverização dessas intenções de Carla, só um levantamento registrado no TSE poderá responder. Até lá, continuarão as especulações, com cada prefeitável querendo puxar à sua própria brasa a sardinha dos votos em Campos da ex-prefeita de São João da Barra.
Deputado federal pelo PT/RJ, doutorando em História pela UFRJ, professor e teólogo franciscano, Reimont é o convidado para fechar a semana do Folha no Ar nesta sexta (26), ao vivo, a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3. Ele falará do papel das religiões na política do Estado laico, analisando a teologia do domínio professada abertamente por algumas correntes neopentecostais, dos EUA ao Brasil.
Reimont também analisará o primeiro ano e meio do governo Lula 3, a questão fiscal do país e as rusgas recentes com a Venezuela de Nicolás Maduro. Por fim, falará da desistência da pré-candidatura a prefeita (confira aqui, aqui e aqui) da deputada estadual Carla Machado e da candidatura do professor Jefferson Azevedo (confira aqui), tentando projetar o papel do PT nas eleições municipais de Campos em 6 de outubro, daqui a exatos 73 dias.
Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta sexta poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, nos domínios da Folha FM 98,3 no Facebook e no YouTube.
Felipe Fernandes, cineasta publicitário e crítico de cinema
Religião e poder
Por Felipe Fernandes
O terror é um gênero popular, que conta com alguns clássicos absolutos do cinema. São obras que abordam a natureza humana e seus medos de forma profunda e reveladora. O gênero também sempre sofreu com os excessos. Seja na quantidade de produções de qualidade duvidosa ou, principalmente, com intermináveis continuações, que se tornaram uma marca do gênero.
Atualmente, Hollywood tem buscado revisitar seus clássicos, seja através de continuações diretas, que simplesmente desconsideram continuações antigas (esquecíveis), remakes ou através de prelúdios. Que prometem explicar o que muitas vezes nem precisa ser explicado.
A nova aposta está na franquia “A profecia”, que surgiu com o clássico filme de 1976, dirigido por Richard Donner, antes de ganhar continuações e um remake completamente esquecíveis. Com “A primeira profecia”, acompanhamos a história por trás do nascimento de Damian, personagem central da franquia.
A trama se passa na década de 70 e acompanha uma jovem freira que encontrou na fé a solução para as diversas visões que sempre teve ao longo da vida. Sendo convocada para servir em um convento em Roma, ela começa a trabalhar com as crianças e se mostra interessada pela jovem e misteriosa Carlita. Ao tentar conhecer a história da menina, ela acaba se envolvendo em uma conspiração dentro da igreja, que busca trazer o anticristo ao mundo.
Acompanhamos a jovem em sua chegada a Roma, onde logo de cara somos introduzidos a uma série de protestos políticos que estão dividindo a cidade. Protestos esses, que tem a igreja e suas tradições como um de seus alvos. Esse é um tema que ganha uma certa relevância dentro da história. Nesse sentido, a trama se passar em Roma é um diferencial e ser um filme de época traz um certo ar de profanidade que contribui para o clima da produção.
Acho muito interessante a forma como a diretora Arkasha Stevenson (em sua estreia em longas) consegue transformar as freiras em personagens ameaçadoras e muito desse efeito vem do próprio figurino. Os hábitos negros, esvoaçantes, provocam uma sensação de mistério que incomoda. Esse incômodo, é ressaltado em outros momentos, sendo o sentimento mais forte provocado pelo longa.
Trabalhando temas como violência sexual, obstétrica e a violação e apropriação do corpo feminino, o filme encontra um equilíbrio interessante entre imagens explícitas e bem violentas, com cenas que provocam o expectador a trabalhar sua imaginação, mostrando apenas detalhes. É uma estratégia que, quando bem construída, sempre rende bons momentos.
Destaque para a atriz Nell Tiger Free, que convence como freira inocente e em sua transformação ao longo da história. Tem uma cena no início do terceiro ato que é uma clara referência/homenagem à inesquecível cena de Isabelle Adjani em Possessão. São temáticas que dialogam, ainda que a cena aqui seja muito mais estilizada e curta.
O roteiro trabalha com algumas conveniências, toda a sequência da balada em Roma é extremamente forçada e até desconexa com o restante da narrativa. O roteiro trabalha com as já esperadas reviravoltas e traz uma motivação para a ação do culto que reforça o patriarcado dentro da igreja, mas acaba perdendo a força pelo excesso de explicação. O desfecho ainda busca deixar uma ponta para continuações, ao mesmo tempo que precisa se conectar com o longa de 1976, culminando em uma última cena que retira o impacto do clímax da história.
“A primeira profecia” é um filme que funciona e deve agradar os fãs do gênero. O melhor longa da franquia (depois do original), consegue prender o espectador mais pela força das imagens, do que por sua narrativa previsível. Consegue respeitar o material original, sem se mostrar refém dele. Só por fugir da mesmice, já merece um destaque nessa onda de prelúdios e remakes desnecessários.
Wladimir Garotinho e Carla Machado (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
Pesquisa de Campos amanhã
Amanhã (25) está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a divulgação de uma pesquisa Real Time Big Data à eleição a prefeito de Campos, contratada pelo jornal carioca O Dia. Será a primeira registrada na cidade desde que a Prefab Future, de 26 de maio, deu (confira aqui) liderança folgada a Wladimir Garotinho (PP), com 55,7% de intenção de voto na consulta estimulada. Além de saber se o prefeito mantém a possibilidade de levar no 1º turno, a pesquisa de amanhã responderá a outra importante pergunta: para onde foram os 18,7% de intenção de voto da deputada estadual e ex-prefeitável Carla Machado (PT)?
“Calça de veludo ou nádegas de fora”. O dito popular se aplica ao que está em jogo na eleição a presidente dos EUA de 5 de novembro, daqui a exatos 104 dias. Se o ex-presidente republicano Donald Trump voltar à Casa Branca, pode dar um impulso à extrema-direita mundial maior do que quando se elegeu em 2016. Por outro lado, se ele for derrotado por uma mulher negra e filha de imigrantes, como é a atual vice-presidente democrata, Kamala Harris, será um duro golpe à extrema-direita nos EUA e no mundo. Quem vencer, fará de fichinha a virada da esquerda no 2º turno das eleições legislativas da França, em 7 de julho.
Domínio da narrativa
Desde domingo (21), quando o presidente Joe Biden anunciou a renúncia à candidatura à reeleição, e indicou Kamala como sua sucessora, os democratas passaram, como gostam de dizer os bolsonaristas/trumpistas, a dominar a narrativa. Biden saiu a contragosto, mas desde o seu desastroso desempenho no debate contra Trump, em 21 de junho, suas dificuldades cognitivas, aos 81 anos, se tornaram inegáveis. Oposto a essa imagem de fraqueza, Trump sobreviveria a um atentado a tiros, em 13 de julho, quando discursava na Pensilvânia. Do qual saiu com a orelha sangrando, o punho canhoto em riste e repetindo “fight” (“luta”).
Delírio da esquerda, ameaça da direita
Sugerir que os tiros contra Trump ou a facada em Bolsonaro em 2018 foram fake, como fez parte da esquerda, só prova que esta pode ser tão “gado” em seus delírios quanto gosta de classificar os eleitores dos dois ex-presidentes. Isso posto, não se deve perder de vista o que Trump não esconde: se eleito mais uma vez à Casa Branca, tentará controlar politicamente os militares do seu país, que se recusaram a embarcar em qualquer aventura inconstitucional em 2020. Como o Judiciário dos EUA que o condenou criminalmente após deixar a presidência. Se passasse da ameaça à ação, poderia ferir de morte a própria democracia representativa liberal.
(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
Em empate técnico, Kamala passa Trump
Das intenções assumidas aos fatos, o atentado não serviu para Trump decolar nas pesquisas. A primeira após o tiroteio na Pensilvânia, feita pela Reuters/Ipsos entre 14 e 16 de julho, deu (confira aqui) o ex-presidente na frente, com 43% das intenções de voto, mas empatado tecnicamente com os 41% de Biden, dentro da margem de erro de 3 pontos. Na nova pesquisa Reuters/Ipsos já sem Biden e com sua vice como provável candidata, divulgada ontem (23), a situação se inverteu. Em outro empate técnico na mesma margem de erro, Kamala apareceu (confira aqui) numericamente à frente, com 44% das intenções de voto e 42% de Trump.
Como funciona nos EUA?
Mesmo através das pesquisas, a projeção do pleito é muito mais difícil no sistema do colégio eleitoral dos EUA. À exceção dos estados do Maine e Nebraska, o candidato que vence no voto popular nos demais 48 estados leva todos os delegados de cada. Um exemplo? Mais populoso e mais rico estado do EUA, a Califórnia tem 22.114.456 eleitores aptos a votar. Quem lá vencer a presidente, mesmo que seja só por um voto popular, leva todos os 55 delegados do estado. E quem somar 270 ou mais dos 538 delegados do país, é eleito presidente. Por isso Trump venceu em 2016, mesmo com 2,8 milhões de votos populares a menos que Hillary Clinton.
Promotora x criminoso
Antes da pesquisa de ontem, em sua primeira fala como provável candidata, Kamala deu na segunda o tom que adotará contra o sempre contundente Trump: na mesma moeda! “Eu era a procuradora-geral da Califórnia e antes fui promotora, então, tive que lidar com todo tipo de criminoso nessa época. Predadores que abusavam de mulheres, fraudadores que roubavam consumidores, aqueles que quebravam as regras para ganhar no jogo. Então, prestem atenção quando digo que conheço o tipo de pessoa que é Donald Trump”, advertiu a democrata. E antecipou o papel que pretende desempenhar com o republicano: promotora x criminoso.
A disputa real
Kamala deve ter os votos de estados progressistas como Califórnia e Nova York (29 delegados). Como Trump, os votos de estados conservadores como Texas (38) e Flórida (29). O desafio será pregar além dos já convertidos. Sobretudo nos chamados “swing states” — “estados pendulares” da Pensilvânia (20), Carolina do Norte (15), Michigan (16), Wisconsin (10), Arizona (11), New Hampshire (4), Virginia (13), Minnesota (10), Colorado (9), Nevada (6), Ohio (18), Geórgia (16) e Iowa (6 delegados). Por isso, Trump tem como vice em sua chapa o senador de Ohio J. D. Vance. E, ainda sem vice, Kamala fez ontem seu primeiro comício em Wisconsin.
Após ser informado pelo blog que Maicon e Fred amanheceram inativos na executiva do PSD em Campos, Bruno Vianna foi ao Rio para garantir com Eduardo Paes o apoio do partido à pré-candidatura do União a prefeito de Campos (Foto: Instagram)
“Em conversa hoje com o prefeito Eduardo Paes, reafirmamos nosso compromisso em estar juntos na candidatura majoritária a ser definida em convenção com o partido União Brasil”. Foi o que postou aqui, na noite de hoje, o ex-vereador Bruno Vianna, após se encontrar no Rio com Paes.
Bruno não explicou porque o também ex-vereador Maicon Cruz e o vereador Fred Machado, que assumiram a executiva provisória do PSD em Campos com ele na presidência em 2 de abril (relembre aqui) apareceram hoje (confira aqui) como inativos na Justiça Eleitoral. Maicon, inativo como vice-presidente; Fred, como 2º tesoureiro. Informado de manhã pelo blog da mudança no próprio partido, que ignorava, Bruno creditou o fato à noite a “especulações”.
Como o blog informou, inclusive ao presidente do PSD em Campos, as mudanças teriam sido determinadas pelo próprio Paes. Pelo fato do presidente campista da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), ter lançado o também deputado estadual Rodrigo Amorim pré-candidato a prefeito no Rio. E porque Amorim foi diante da residência do prefeito, na semana passada, para tentar gerar e gravar cenas de constrangimento.
Após a ação de Bruno como mensageiro dos Bacellar, Paes pode ter retirado o bode da sala. Que, em Campos, poderia gerar bastante trabalho, já que o ceramista Oziel Crespo, pré-candidato a vice-prefeito na chapa da delegada Madeleine Dykeman (União), é filiado ao PSD. Em troca, os Bacellar, mesmo se lançarem Amorim a prefeito do Rio, devem mantê-lo na rédea curta.
Maicon Cruz, Fred Machado, Bruno Vianna, Eduardo Paes, Rodrigo Amorim e Rodrigo Bacellar (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
Se rompeu com Caio Vianna (hoje, MDB) após este ter fechado aliança (confira aqui) com o prefeito Wladimir Garotinho (PP), o PSD do prefeito carioca Eduardo Paes parece ter se afastado da oposição em Campos liderada pelos Bacellar. Desde hoje (22), o ex-vereador de oposição Maicon Cruz e o vereador Fred Machado constam como inativos, respectivamente, dos cargos de vice-presidente e 2º tesoureiro da executiva provisória do PSD goitacá.
Na executiva do PSD em Campos (relembre aqui), só o ex-edil de oposição Bruno Vianna permaneceu ativo como presidente. Ainda sem saber das mudanças, ele está a caminho do Rio, onde já tinha encontro marcado com Paes. O fato é que o destino do PSD às eleições de 6 de outubro em Campos está incerto.
As mudanças no tabuleiro goitacá seriam determinação de Paes. Candidato à reeleição como prefeito do Rio, ele teria ficado insatisfeito com o fato do presidente campista da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), ter lançado o também deputado estadual Rodrigo Amorim pré-candidato a prefeito da capital fluminense.
Conhecido, do Rio a Campos, pelo modo muito baixo de fazer política, com base na tentativa de constrangimento pessoal dos adversários, Amorim teria ido à frente da residência de Paes na semana passada. Para tentar produzir aqueles típicos vídeos bolsonaristas. O que teria sido a gota d’água para Paes no namoro político (confira aqui) com os Bacellar.
Deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Campos, Thiago Rangel (PMB) é o convidado para fechar a semana do Folha no Ar, ao vivo, a partir das 7h desta sexta (19), na Folha FM 98,3. Ele falará da sua pré-candidatura do PSDB (confira aqui) ao PMB, e sobre ter o vereador de oposição Rafael Thuin (PRD) como vice (confira aqui) em sua chapa.
Thiago também falará da montagem de nominata do PMB, e da pré-candidatura à vereadora da sua filha, a jovem estreante Thamires Rangel. Por fim, ele tentará projetar, com base nas pesquisas (confira aqui, aqui, e aqui), a eleição municipal de 6 de outubro, daqui a exatos 80 dias.
Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta sexta poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, nos domínios da Folha FM 98,3 no Facebook e no YouTube.